Fazer um currículo adequado é o primeiro passo para conseguir um emprego. Veja 6 erros que você precisa evitar a todo custo para atingir esse objetivo.
Você
pode até ter um poderoso arsenal de competências e uma coleção
incrível de experiências profissionais, mas o mercado de trabalho
não ficará sabendo disso se você não fizer um currículo capaz
de refletir o seu potencial.
O
currículo
funciona como o seu “cartão de visitas” para recrutadores. Ali
devem estar as informações mais relevantes sobre a sua carreira e
os motivos pelos quais valeria a pena contratar você.
Detalhe:
a minoria dos candidatos segue essa recomendação. Em outras
palavras, cuidar do CV já é, em si, um valioso diferencial para
competir por um emprego num
momento para lá de complicado da economia brasileira.
Francis
Nakada, consultor de carreira da Produtive, diz que muita gente
não compreende a finalidade do currículo — e daí nascem as
falhas. “Em vez de mostrar por que está apta a preencher aquela
vaga, a pessoa simplesmente apresenta o seu histórico profissional”,
diz ele.
Pense
de forma estratégica na sua transição de carreira. Se você
pretende sair de um emprego como analista de marketing na empresa A
para ser contratado como coordenador de eventos na empresa B, por
exemplo, o seu CV deve trazer provas de que as suas experiências
com marketing até o momento tornam você o candidato ideal para
cuidar dos eventos naquela companhia.
“Quanto
mais direcionado for o documento, melhor”, afirma Leonardo Berto,
gerente da consultoria de recrutamento Robert Half. O ideal é que
você faça um currículo diferente para cada vaga, adaptado aos
diversos pré-requisitos dos possíveis contratantes.
Com
a ajuda dos dois especialistas, listamos a seguir os erros mais
comuns na hora de fazer um currículo. Confira:
Erro
#1: Esquecer-se de incluir dados para contato
Por
incrível que pareça, diz Berto, um grande número de pessoas envia
currículos sem informações básicas como e-mail e telefone.
Resultado: mesmo que tenha se interessado pelo candidato,
o headhunter não consegue chamá-lo para uma
entrevista presencial.
Às
vezes, o profissional até inclui esses dados, mas falha nos
detalhes. Um telefone do Rio de Janeiro sem o código 21 pode ser
inacessível para um recrutador que liga de São Paulo, por exemplo;
um e-mail que contém underline (
_ ) não permitirá a comunicação se for digitado com hífen ( –
); e assim por diante. Fazer uma revisão criteriosa do documento é
essencial para não cometer esses erros minúsculos, porém fatais.
Erro
#2: Não incluir o campo “objetivo” (ou preenchê-lo mal)
Cansado
de examinar tantos currículos, o olho do recrutador irá direto para
o objetivo descrito no topo do documento. A depender do que estiver
escrito ali, ele sequer vai continuar a leitura. Veja
aqui um exemplo de como preencher esse espaço e outras seções do
CV.
Segundo
Nakada, o objetivo deve estar afinado com a sua sua estratégia de
transição profissional. “Seja específico e não coloque muitas
áreas ou muitos cargos diferentes, ou o recrutador terá a impressão
de que você não tem foco e está disposto a qualquer coisa só para
ter um emprego”, explica ele.
Erro
#3: Sobrecarregar o documento com textos, cores e imagens
Na
tentativa de dar uma aparência robusta à própria carreira — ou
simplesmente para não excluir nenhum dado que
possa impressionar o recrutador — algumas pessoas escrevem
currículos longuíssimos, com detalhes ad infinitum.
Porém, além de cansar o leitor, um CV prolixo pode esconder as
informações mais interessantes sobre você.
O
ideal é dizer tudo em até duas páginas, afirma Nakada. Também
vale ser econômico nas cores, fontes e, eventualmente, imagens.
Prefira sempre um visual sóbrio, sem exageros, a não ser que você
trabalhe em setores criativos como publicidade ou design.
Erro
#4: Fazer elogios ao próprio comportamento
Este
escorregão é clássico: no campo “Resumo de qualificações”, o
candidato se define como alguém perseverante, criativo,
dedicado, carismático e ousado. Sem perceber, está dizendo que
é arrogante, prepotente, ingênuo e vaidoso…ou simplesmente que
não sabe fazer um currículo.
De
acordo com Nakada e Berto, o famoso “autoelogio” é uma das
formas menos eficazes de cativar um recrutador e uma das mais
certeiras para irritá-lo. Afinal, essa percepção positiva deve
partir de terceiros, e não do próprio candidato. Será na
entrevista e nas dinâmicas de grupo que você será colocado à
prova sob esses quesitos — e quem vai dar o veredicto serão os
seus avaliadores.
Erro
#5: Deixar passar pequenos (ou grandes) deslizes no texto
Erros
de digitação, como letras trocadas ou dobradas, não são tão
inocentes quanto parecem. O problema não é cometê-los, mas sim
deixá-los passar. “Significa que você não releu o seu
próprio currículo antes de entregar, ou seja, que talvez seja uma
pessoa relapsa e desinteressada”, diz Nakada.
Em
alguns casos, a falta de revisão pode dar margem a problemas ainda
mais graves. Para não escorregar no português, passe um corretor
ortográfico no documento, faça várias releituras e peça para
várias pessoas revisarem o documento para você. O mesmo vale para
as eventuais versões em inglês do seu CV — que, aliás, não
devem ser feitas com ferramentas automáticas como o Google Tradutor,
ou provavelmente conterão diversos erros e inconsistências.
Erro
#6: Mentir ou gerar a sensação de mentira
De
acordo com Berto, alguns candidatos exageram algumas competências no
currículo, sobretudo aquelas que dizem respeito ao domínio de
idiomas — dizem que têm inglês fluente quando só têm nível
intermediário na língua, por exemplo. No entanto, na hora da
entrevista, eles acabarão sendo desmascarados. E o pior: a
descoberta da mentira manchará a sua reputação no mercado por
tempo indeterminado.
Às
vezes, você também pode perder pontos com o recrutador simplesmente
se passar a impressão de que está falseando ou ocultando
informações. “Se as datas não batem ou há grandes lacunas
temporais não explicadas, isso pode gerar desconfiança no leitor,
mesmo que você não tenha mentido realmente”, diz o especialista.
Para não correr esse risco, é importante garantir não apenas a
sinceridade, mas também a clareza das suas afirmações.
Fonte:Exame
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